Chesterton Brasil cria 'selo Chesterton de Ortodoxia'em comemoração ao seu 1º aniversário.
Após completar seu primeiro ano de aniversário, Chesterton Brasil presenteia os seus leitores e admiradores com o 'selo Chesterton de Ortodoxia' em homenagem a Gilbert Keith Chesterton. O selo foi elaborado por Agnon Fabiano, um dos colaboradores do site.
Apesar de apenas um ano de existência o site tem crescido muito. O número de visitas cresce diariamente. O mais gratificante é receber comentários de pessoas que descobriram as obras de Chesterton ou que finalmente resolveram lê-las e que expressam calorosamente sua alegria e grande admiração por este grande escritor.
Chesterton faz muito sucesso em todo o mundo, e no Brasil não é diferente. Todo bom cristão deveria ler suas obras. A alegria ao abordar os temas cristãos, sua forma bem humorada de lidar com as dificuldades da vida humana, e sua fina ironia ao criticar as ideologias modernas, são fatores decisivos para prender a leitura das suas obras. Além do fato de que ele é tão paradoxal que discorre a cada livro com uma peculiaridade de abordagem. Ora trata de temas 'complexos' com profundidade, porém com simplicidade quase poética; ora trata de temas fáceis e simples com uma profundidade que quase faz estalar nossa cabeça. O diferencial de Chesterton, sem dúvida, foi seu espírito cristão de alegria e caridade. Ele foi (peço licença) a gargalhada de Deus, que, como expôs no último capítulo da sua magistral e eterna obra 'Ortodoxia' (1908), a deixou oculta aos evangelistas, porém em Chesterton percebemos essa alegria angelical.
Deus tem suas delicadezas! Tem suas alegrias! Ele nos presenteou com Chesterton para que pudéssemos aprender a enxergar o lado paradoxal da nossa própria vida. Chesterton não tinha dúvidas de que esse mundo era mais belo do que o vemos. Chesterton olhava para as coisas comuns e descortinava o véu do "comum" encontrando o incomum. Brincava com a realidade ao nos mostrá-la de ângulos que não atingimos por não nos darmos ao luxo de sermos como as crianças. Chesterton escreveu um trecho belíssimo no livro Ortodoxia (1908) que vale apena ler:
“O sol se levanta todas as manhãs. Eu não me levanto todas as manhãs; mas a variação se deve não à minha atividade, mas à minha inação.
Ora, para expressar o caso numa linguagem popular, poderia ser verdade que o sol se levanta regularmente por nunca se cansar de levantar-se. Sua rotina talvez se deva não à ausência de vida, mas a uma vida exuberante. O que quero dizer pode ser observado, por exemplo, nas crianças, quando elas descobrem algum jogo ou brincadeira com que se divertem de modo especial. Uma criança balança as pernas ritmicamente por excesso de vida, não pela ausência dela. Pelo fato de as crianças terem uma vitalidade abundante, elas são espiritualmente impetuosas e livres; por isso querem coisas repetidas, inalteradas. Elas sempre dizem: "Vamos de novo"; e o adulto faz de novo até quase morrer de cansaço. Pois os adultos não são fortes o suficiente para exultar na monotonia. Mas talvez Deus seja forte o suficiente para exultar na monotonia. E possível que Deus todas as manhãs diga ao sol: "Vamos de novo"; e todas as noites à lua: "Vamos de novo". Talvez não seja uma necessidade automática que torna todas as
margaridas iguais; pode ser que Deus crie todas as margaridas separadamente, mas nunca se canse de criá-las. Pode ser que ele tenha um eterno apetite de criança; pois nós pecamos e ficamos velhos, e nosso Pai é mais jovem do que nós.”
Divulgar Chesterton no Brasil é um dever a todos e de todos os que amam a inteligência e a vida!
Divulgue o selo em seu site ou blog.
Diego G. Silva
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